Foi na quarta-feira chuvosa que duas das martinetes (Faneca e Ana) + o namorado da amiga das martinetes Ana Madeira (Leonel) foram ao Porto ver os há muito aguardados Portishead. Beth Gibbons, a figura central, apresentou-se de forma descontraída sem a nuvem de fumo que a caracteriza mas sempre com um copo na mão. Conteúdo? Ficou à descoberta… (risos).
A Aninha, com as suas muletas tentava manter o seu lugar no meio do público, mas tal eram os sinhoris altos e afins, misturados com ssoas que fingem que desmaiam, tornou-se numa tarefa difícil.
Difícil não foi a moca. Apesar de estarmos no coliseu, muitos eram os cigarros e substâncias afins que pairavam no ar.... tanto que na viagem de volta, enquanto eu me quixava ao Leoonel, a Aninha dormia um sono descansado no banco de trás.... (foi dos dois bolicaos)
Vamos mas é falar do que realmente interessa... Supostamente para apresentar o novo disco "Third" o alinhamento verificou-se uma mescla dos grandes êxitos antigos com a nova sonoridade.
Silence
Hunter
Mysterons
Rip
Glory Box
Numb
Magic Doors
Wandering Stars
Machine Gun
Over
Sour Time
Only You
Nylon Smile
Cowboys
Encore
Threads
Roads
We Carry On
O público vibrou com Mysterons e Glory Box. Julgo que só ficou a faltar o All Mine para que se tivessem interpretado os grandes temas de uma banda que contrariou o rótulo de "urbano-depressivo" que muitas vezes lhe é atribuído.
«Juntaram arranjos que tornaram mais orgânica a apresentação dos temas, contando, para tal, com mais três elementos em palco, além do trio habitual. Os contornos cromáticos das diferentes sensações produzidas pela música mereceram também especial cuidado na selecção das imagens projectadas e nos jogos de luzes, alternando entre o preto e branco, o azul glaciar e o vermelho, algo que contribuiu significativamente para reforçar a vivacidade das composições.»
In Cotonete
Os Hawk and a Hawksaw (para mim seriam os Moustache pelo bigodinho proeminente do acordeonista), em formato de quarteto, abriram os Portishead com música de leste com raiz húngara.